O que eu acredito sobre ganho e perda

Jesus descreve o coração (não o músculo que bombeia sangue, mas uma parte ou capacidade da mente) e sua função no sermão da montanha quando Ele diz: “Não acumuleis para vós tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem destroem, e onde os ladrões minam e roubam; mas ajuntai para vós tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem destroem, e onde os ladrões não minam nem roubam; porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração..” Mateus 6:19-21. 

A partir dessa descrição, podemos ver que o coração está associado ao tesouro. Tesouro é algo que você valoriza. É algo que tem valor. É o coração que avalia o que é valioso para você e o quão valioso é. É o coração que avalia o que é ganho e o que é perda, e o quanto é ganho ou perda. 

Imagine uma sala que só tem duas saídas, uma porta preta e uma porta branca. Se você sair pela porta branca, terá que me pagar $1.000, e se sair pela porta preta, eu lhe pagarei $1.000. Por qual porta você sairá? Agora, se você sair pela porta branca, eu lhe pagarei $10, mas se sair pela porta preta, eu lhe pagarei $1.000. Por qual porta você sairá? E, finalmente, se sair pela porta branca, terá que me pagar $1.000, mas se sair pela porta preta, terá que me pagar $10. Por qual porta você sairá? Em cada cenário, todos nós escolheríamos sair pela porta preta. Por quê? Porque somos programados para sempre buscar o ganho e evitar a perda. 

Se me derem a opção entre um ganho e uma perda, escolherei o ganho. Se me derem a opção entre dois ganhos, escolherei o ganho maior. E se me derem a opção entre duas perdas, escolherei a perda menor. Estamos sempre escolhendo nos distanciar da perda maior e nos aproximar do ganho maior. O coração é a parte ou capacidade da mente que avalia o ganho e a perda, e é assim que ele avalia o ganho e a perda. 

O exemplo das portas pretas e brancas é bastante simplista. Na realidade, cada decisão requer a avaliação de muitos fatores diferentes. O exemplo dado no livro "A Lei da Vida" foi o da decisão de tirar férias. A decisão de tirar férias será influenciada pela situação financeira atual, quais projetos críticos dependem da minha contribuição, quando são os prazos dos projetos, quantas outras pessoas estão trabalhando nos projetos que podem concluí-los a tempo sem a minha presença e o quanto eu preciso de uma pausa agora. Todos esses fatores (e provavelmente mais) são levados em consideração ao tomar essa decisão. Cada componente é ponderado em uma escala de ganho e perda, e a soma de todas as avaliações (se a decisão final é considerada um ganho ou uma perda com base em todos os fatores considerados) determina a decisão final. 

Claramente, quando Jesus enfrentou a cruz, Ele foi capaz de perseverar por causa do ganho que viu nisso.Olhando para Jesus, autor e consumador da nossa fé, que pela alegria que lhe estava proposta suportou a cruz, desprezando a vergonha, e está assentado à direita do trono de Deus.” Hebreus 12:2. O que O levou a passar pela dor, tortura, separação, etc.? Foi a alegria (ganho) que Lhe foi proposta. Qual foi a alegria que Lhe foi proposta? Foi você. Foi eu. Nós éramos a alegria que Lhe foi proposta. Quando Ele soube que poderíamos ser salvos por causa do Seu sacrifício, por esse ganho (nossa salvação), Ele enfrentou a perda da tortura, da separação e da morte. Quando Ele avaliou tudo isso junto, resultou em um ganho líquido, portanto, Ele seguiu em frente. Se Ele tivesse avaliado tudo, e tivesse sido uma perda líquida — se você e eu não tivéssemos sido tão valiosos para Ele, e se o objetivo de revelar o caráter de Deus e a natureza do Seu reino não tivesse sido tão importante, Ele não teria enfrentado o que enfrentou. A decisão de Cristo de enfrentar a cruz é um exemplo perfeito da “lei dos ganhos e perdas” em ação.

Mark Sandoval

pt_PTPortuguese